Máquinas Desejantes
POEMA BIOMÁTICO – DEVIRES MAQUÍNICOS
(a partir do livro “Anti-Édipo” de Felix Guattari e Gilles Deleuze)
Debaixo da pele o corpo é uma fábrica a ferver,
e por fora,
o doente brilha,
reluz,
com todos os poros,
estilhaçados.
e por fora,
o doente brilha,
reluz,
com todos os poros,
estilhaçados.
Artaud
eu e mim, eu e minhas caixas de ritmos
em toda parte
isto funciona perfeitamente bem:
isto come
isto mija
isto bebe
isto peida
isto chora
em toda parte
isto funciona perfeitamente bem
- algumas vezes sim, algumas vezes não
em toda parte
são máquinas, de modo algum metaforicamente,
de modo algum metafisicamente,
com seus acoplamentos, suas conexões...seus fluxos,
fluxos e cortes
fluxos e cortes
fluxos e cortes
em toda parte
isto funciona perfeitamente bem:
isto come
isto bebe
isto caga
isto chora
isto peida
isto ri
isto sonha
em toda parte
isto funciona perfeitamente bem:
isto come
isto mija
isto bebe
isto peida
isto chora
isto caga
isto fode
isto quer replicar
- é confiável?
eu, eu e mim
eu e minhas caixas de ritmos:
todos os tons, todos os sons, todos os sóis,
todos os...
em toda parte
isto funciona perfeitamente bem
isto come
isto mija
isto bebe
isto peida
isto chora
isto caga
isto fode
isto tem os raios do sol no cu!
em toda parte
isto funciona perfeitamente bem:
isto
isto
isto
... eu e mim. eu e minhas máquinas.
além delas, o que há?
eu e mim. eu e minhas máquinas.
para além delas, o que há?
há quem diga que à coisa em si se liga.
eu me desligo. tu te desligas.
além das máquinas, o que há?
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