Festival Quebramar : ocupar e construir


"O Festival Quebramar já se tornou um dos marcos da cultura amapaense. Em 2011, acontece pela quarta vez e mantém o caráter de ser um dos grandes difusores da nova música brasileira. Após quatro anos, o Quebramar cresce ainda mais e na edição deste ano é apresentado pelo Ministério da Cultura, Petrobras, após ser contemplado pelo Programa Petrobras Cultura ( Lei Rouanet) e Governo do Estado do Amapá. Tem também o patrocínio da Companhia Docas de Santana e do Banco da Amazônia. Filiado à Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin), conta também com o apoio do Toque no Brasil.Colaboram com o Festival o Museu da Imagem e do Som (MIS-AP), Croatã, Tatamirô Grupo de Poesia, Pium Filmes, Webcenter Nissim Alcolumbre, Anime Clube, Amapanime, Coletivo de Artistas, Produtores e Técnicos de Teatro do Amapá (CAPTTA), Palhaceata,Youwide Lab Productions, Blog Eu sou do Norte, Fórum Estadual de Economia Solidária. Realização Coletivo Palafita, Circuito Fora do Eixo, Ministério da Cultura e Governo Federal. 

A quarta edição do Festival Quebramar iniciou ontem, dia 06, e termina em 11 de dezembro, na Fortaleza de São José de Macapá, Centro de Difusão Cultural Azevedo Picanço e  MIS-AP, com uma programação voltada para as Artes Visuais, Literatura, Teatro, Audiovisual, Músicas e outros, compreendendo assim, múltiplas facetas da cultura amapense, fortalecendo-a no Estado e debatendo novos rumos de sua produção."

Ontem, formou-se uma mesa de debate sobre "Políticas Públicas para Cultura e Custo Amazônico". Os convidados eram Delson Cruz, representante da Regional Norte do Ministério da Cultura; Zé Miguel, secretário de cultura do Estado do Amapá; Cleverson Baía, vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, a mediação ficou a cargo de Heluana Quintas, integrante do Coletivo Palafita.

Delson Cruz iniciou sua fala dizendo que nossas demandas são encarecidas devido a localização geográfica. E enfatizou a adesão ao Sistema Nacional de Cultura como de suma importância para a viabilização de projetos. Delson mais de uma vez afirmou  que é pelo consenso e ratificou que somos responsáveis pela matéria prima da Cultura de nossa região.

Cleverson Baía acredita em reformas que se realizam de fora para dentro do sistema e citou o Festival Quebramar como uma delas, advertindo o Circuito Fora do Eixo para que não entre no eixo, evitando, segundo Cleverson, a contaminação aviltada das estruturas viciadas do sistema. E descreveu as ações do Conselho para formação dos Conselhos de Cultura nos municípios.

O secretário de cultura espera que a sociedade civil organizada se mobilize na apresentação de propostas viáveis que solucionem e/ou reduzam o custo amazônico e abriu sua fala enunciando " a gente precisa sair da retórica como se o custo amazônico fosse um corpo estranho" e concluiu seu discurso proferindo um velho ditado: "só quem calça, é que sabe onde o sapato aperta."

Mais uma vez iniciativas como Festival Quebramar pensado, organizado e produzido por gente - como disse Heluana Quintas - que consegue criar, fomentar de modo altenativo e criativo uma rede integrada de trabalho em prol da Cultura é que apontam possíveis soluções para questão levantada no debate e que, como bem afirmou a mediadora, estão escoradas na comunicação e colaboração.








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