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Por um postropicalismotranscibernético

Por Herbert Emanuel Para o Movimento Circuito Fora do Eixo e, em especial, aos amigos Otto Ramos e Heluana Quintas Não existe atitude mais anti-tropicalista do que endeusar o tropicalismo, transformando-o numa espécie de cover do próprio tropicalismo (tipo cover do Raul, do Legião Urbana, do Cazuza, etc.). Por quê? Porque aí não há criação, somente imitação repetitória. A atitude tropicalista é, ao mesmo tempo, antropofágica e tecnológica, pois soube devorar dois grandes movimentos da cultura brasileira: a antropofagia oswaldiana e o Concretismo. Se o primeiro propunha, a partir de uma re-leitura ética, estética e antropológica das nossas “origens” culturais, desconstruir toda uma metafísica da identidade cultural centrada no ideário branco-europeu-cristão, incorporando (e essa palavra é muito apropriada), canibalisticamente, nossa porção indígena como forma de resistência a essa cultura branca dominante; o segundo propõe uma desconstrução da linguagem poética tradicional, i