“Que os outros se jactem das páginas que escreveram,a mim me importam as que tenho lido.” Jorge Luís Borges O filósofo alemão Nietzsche já dizia que “a arte é o grande meio de tornar a vida possível, o grande encanto da vida, o grande estímulo para vida.”No entanto, vivemos hoje numa sociedade que estereotipa todas as condutas, todos os comportamentos, massifica e trivializa a própria vida, fabrica indivíduos dóceis, domesticados, inoculados de qualquer ato de rebeldia (o que significa dizer também de qualquer ato de criação). Falo aqui, evidentemente, dos seres midiotizados, com suas identidades postiças, incapazes de um gesto de criação. Como reagir a isso, a essa coisa que um filósofo batizou de “condição pós-moderna”? Resistindo, discordando, instaurando o signo da suspeita, realizando o ‘dessenso’, poetizando nossa existência, fazendo arte (ou anti-arte, tanto faz), fazendo filosofia (ou anti-filosofia, tanto faz, desde que nos potencialize...), habitando esse caos nosso de